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O que esperar para a Segurança dos Alimentos? Principais tendências para 2025 e demais pontos importantes

Na bioMérieux, atuamos com orgulho na vanguarda dos diagnósticos, oferecendo suporte aos clientes em todo o setor de alimentos e bebidas, com o intuito de contribuir para a proteção dos consumidores e de promover os mais altos padrões de segurança e qualidade. À medida que iniciamos o ano de 2025, refletimos sobre as tendências que poderemos observar nesse segmento crucial ao longo deste período.

Artigo escrito por: editores  da bioMérieux Aplicações Industriais


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Uso de digitalização e Inteligência Artificial (AI)

 

O interesse coletivo em digitalização e automação cresceu substancialmente nos últimos anos, com a adoção de AI (Artificial Intelligence, Inteligência Artificial) nas empresas, chegando a 72% em 2024.

A área de segurança e qualidade de alimentos não é exceção a essa tendência, e cada vez mais, organizações estão incorporando essas soluções para analisar dados-chave coletados, otimizar processos, ampliar a eficiência e minimizar riscos.

 

AI e machine learning

 

O emprego de AI e de tecnologias de machine learning no controle de qualidade de alimentos inaugurou uma nova era de monitoramento autônomo e colaboração global na indústria. Diante da crescente demanda, o setor de alimentos continuará a adotar esses sistemas inteligentes para aprimorar atividades como avaliação de qualidade, classificação de alimentos e predição.[ii].

 

Blockchain para rastreabilidade

 

Viabilizando uma rastreabilidade total, transparência e rápida recuperação de dados, o blockchain continuará sendo uma ferramenta valiosa para garantir conformidade com requisitos de rastreabilidade de alimentos. Essa tecnologia também protege contra interferências nos dados, favorece a verificação independente e, com o uso de “smart contracts”, pode determinar quais requisitos de segurança dos alimentos devem ser avaliados. [iii].

 

Internet das Coisas (IoT)

 

O valor da IoT está em sua capacidade de coletar e transmitir dados de diversas fontes de maneira integrada. Quando incorporada aos processos de segurança e qualidade de alimentos, o potencial da IoT se mostra significativo — ao conectar uma rede de sensores e dispositivos em toda a cadeia de suprimento alimentar, possibilita uma abordagem mais sistemática, precisa e eficiente de monitoramento.

 

Agregando resultados de testes de diversas fontes

 

Os fabricantes de alimentos modernos acumulam grandes quantidades de dados provenientes de diferentes equipamentos, mas a falta de integração entre eles dificulta a interpretação dos resultados. Soluções automatizadas que reúnem dados de múltiplas origens auxiliam na identificação de padrões ao longo de toda a operação de manufatura, fornecendo aprendizados fundamentais para aprimorar processos em nível global.

 

Whole Genome Sequencing (WGS, Sequenciamento Completo do Genoma)

 

O WGS viabiliza a identificação e caracterização rápida de micro-organismos — um requisito essencial para a manutenção da segurança e qualidade de alimentos — com um grau de precisão anteriormente inatingível. A ampliação do uso dessa tecnologia em segurança de alimentos criará oportunidades de integração mais ampla de informações de outros setores, o que pode contribuir para elevar a proteção do consumidor, facilitar o comércio e reforçar a segurança dos alimentos.[IV].

 

Clean labelling e sustentabilidade

 

Uma pesquisa realizada com consumidores em âmbito global revelou que 75% estariam dispostos a pagar mais por produtos que ofereçam um rótulo “clean”, como a ausência de corantes e conservantes artificiais.[V]

O contínuo crescimento do movimento de clean labelling também se alinha à crescente demanda dos consumidores por práticas sustentáveis, pois a priorização de ingredientes naturais e minimamente processados pode contribuir para a redução da pegada de carbono dos fabricantes.

 

Embalagens ecologicamente corretas

 

A dependência global da indústria de alimentos em plásticos de uso único tem gerado impactos ambientais negativos, e os consumidores demandam esforços mais incisivos das empresas para enfrentar essa questão. Ao investir em soluções de embalagem que utilizem materiais renováveis ou compostáveis, as empresas podem reduzir a quantidade de resíduos destinados a aterros e, ao mesmo tempo, satisfazer as expectativas dos consumidores. Espera-se que, ao longo do próximo ano, mais organizações façam uso de tecnologias avançadas para desenvolver embalagens que assegurem a segurança dos alimentos, equilibrando essa característica com a sustentabilidade.[VI].

 

Redução do desperdício de alimentos

 

A Organização das Nações Unidas estima que cerca de 13% de toda a produção mundial de alimentos seja perdida entre a colheita e o varejo, gerando prejuízos consideráveis tanto para o planeta, quanto para a economia global.[VII].

Como resultado, mais fabricantes estão priorizando a questão do desperdício, adotando uma perspectiva abrangente para analisá-lo detalhadamente, com o intuito de reduzir a quantidade de resíduos gerados, bem como encontrar usos alternativos para esses resíduos — como direcioná-los para a indústria de ração animal.

 

Clean labelling

 

Inicialmente, o conceito de clean labelling estava associado apenas a produtos sem ingredientes artificiais; no entanto, sua definição agora se estende além dos componentes do alimento. Com consumidores cada vez mais esclarecidos, o clean label tornou-se rapidamente um indicador do compromisso global de um fabricante em fornecer soluções alimentares mais limpas, além de informações claras e transparentes.

 

Práticas agrícolas sustentáveis

 

A combinação de pressões regulatórias e demandas dos consumidores tem impulsionado uma mudança na adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, inclusivas e resilientes. Exemplos incluem o aumento do uso de métodos regenerativos e orgânicos, a aplicação de tecnologias de agricultura de precisão (como drones e sensores), a integração de processos de digitalização e a adoção de práticas mais alinhadas às questões climáticas.


 

Novas demandas dos consumidores

 

As preferências e os gostos dos consumidores estão em constante evolução, influenciando diretamente o comportamento de compra e abrindo caminho para novas oportunidades de produtos em 2025. Por exemplo, uma pesquisa recente com consumidores europeus, revelou que cerca de 60% dos participantes estavam procurando adotar hábitos alimentares mais saudáveis [VIII], reforçando a tendência de escolhas alimentares cada vez mais conscientes.

 

Proteínas alternativas

 

Com o aumento de consumidores que seguem dietas vegetarianas e veganas, o crescimento global das populações de animais de criação e a crescente demanda por alimentos, a necessidade de encontrar fontes de proteína alternativas às de origem animal é maior do que nunca. Esse cenário deve se manter, impulsionando inovações adicionais em proteínas alternativas (de origem vegetal, insetos e microbianas) e suas aplicações.

 

Alergênicos

 

Outro segmento em expansão na indústria de alimentos é o mercado de produtos livres de alergênicos, que já conta com diversas subcategorias, como sem glúten, sem laticínios e sem nozes. Movido pela preferência dos consumidores, pelo maior conhecimento sobre o impacto dos alérgenos na saúde e pelo aumento de pessoas que adotam dietas livres de alergênicos ou restritivas, esse mercado continuará prosperando.

 

Ingredientes funcionais (probióticos, prebióticos)

 

A demanda do consumidor também deve permanecer elevada para alimentos e ingredientes funcionais enriquecidos com nutrientes que ofereçam benefícios específicos à saúde. Alguns exemplos incluem probióticos, prebióticos e alimentos fermentados, que são associados a uma boa saúde intestinal e ao bem-estar geral. Alimentos que favorecem um sistema digestivo saudável devem continuar populares entre aqueles que buscam otimizar a digestão, a imunidade e a saúde mental.

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Antecipar novas tendências em segurança dos alimentos não é apenas uma necessidade, mas também uma oportunidade promissora para que empresas de alimentos e bebidas demonstrem seu protagonismo em um mercado altamente competitivo.

 

Além de acompanhar as tendências guiadas pelo consumidor e as inovações tecnológicas, é fundamental que as empresas se mantenham sintonizadas com as mudanças regulatórias previstas.

 

Ao adotar essas novas tendências, as organizações de alimentos e bebidas podem descobrir caminhos para permanecer relevantes aos consumidores, promover inovações capazes de otimizar operações e, sobretudo, preservar sua vantagem competitiva em 2025 e nos anos que virão.

 

[II] Ikram, A., Mehmood, H., Arshad, M. T., Rasheed, A., Noreen, S., & Gnedeka, K. T. (2024). Applications of artificial intelligence (AI) in managing food quality and ensuring global food security. CyTA - Journal of Food, 22(1). https://doi.org/10.1080/19476337.2024.2393287

[III] Mu, W., Kleter, G. A., Bouzembrak, Y., Dupouy, E., Frewer, L. J., Radwan Al Natour, F. N., & Marvin, H. J. P. (2024). Making food systems more resilient to food safety risks by including artificial intelligence, big data, and internet of things into food safety early warning and emerging risk identification tools. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety, 23, e13296. https://doi.org/10.1111/1541-4337.13296

[IV] Food and Agriculture Organization of the United Nations in collaboration with the World Health Organization. Applications of Whole Genome Sequencing in food safety management. Available at: https://openknowledge.fao.org/server/api/core/bitstreams/02b69015-fa4f-4118-95e1-9f11301acd39/content




 
 
 

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